20 de dez. de 2011

Um Adeus com estilo!

"Envolvimento", "Socializar", "Marcar presença", não consigo lembrar quando isso deixou de me interessar.
Quando eu ainda estava no ensino médio e estudava na escola estadual de 1º e 2º grau Onofre Pires, eu tinha uma turma muito boa, extrovertida e inteligente, cada colega tinha uma característica diferente, mas eu...? Eu não reparava nisso, eu queria alguém pra 'brincar' comigo, queria algum amigo pra compartilhar dos meus momentos de zoação, de 'travessuras', queria dar risada junto com alguém, que era o que me fazia sentir muito bem. Quantas gargalhadas de doer a barriga foram dadas, quantas situações de risco como gasear aula, pular o muro, não subir pra aula depois do recreio, sair mais cedo pra ir no refeitório, fugir da sala pra comprar alguma coisa no bar, colar na prova, acho que aprendemos muito mais na escola do que na faculdade, na escola aprendemos a viver, e na faculdade aprendemos a dar valor ao que se foi.
Mas hoje o que me resta é a nostalgia, saber que não viverei mais aquelas situações com aquelas condições. Depois de determinada época, ou quando me tornei 'adulto', comecei a analisar as coisas, deixei de viver e comecei a observar, essa simples mudança foi o que me trouxe até este estado de solidão e escuridão. Juntando com a minha baixo autoestima chegamos a uma conclusão nada boa, uma pessoa que aprendeu a gostar de ficar só porque se acha muito imatura pra sociedade.
O problema é que as tecnologias e as novidades que chegam não me interessam, elas não me chama a atenção, fico maravilhado com a inteligência do homem mas não desfruto de seus produtos tecnológicos, acho, inclusive um grande golpe para consumo, onde as tecnologias são criadas completas e liberadas em partes para ficarmos admirados pouco a pouco com as 'inovações' de tecnologias, assim já podem cobrar mais e mais proporcionalmente. Nas manhãs me encho de esperança e motivação para criar algo novo, um projeto, uma música, um novo perfil social, sinto que posso dominar o mundo, mas com o passar do dia eu aceito a condição que estou, vendo que nada mudou e que é difícil mudar de situação.
Dou graças a Deus aos pais que tenho, minha família é a melhor família do mundo, eles que não merecem o filho que tem, confuso, indeciso, imaturo, brincalhão, extrovertido. QUEM VAI ME LEVAR A SÉRIO? Nem eu me levo a sério mais.
Quando você fizer seu percurso de rotina e não me encontrar mais nele, lembrará de um rosto sincero, preocupado, brincalhão e inofensivo, nos primeiros dias irá chorar de saudade, tristeza, no primeiro mês vai lembrar ainda com muita saudade, mas depois de anos voltará a andar tranquilamente como se nada tivesse acontecido, e após muito caminho andado terá que ser lembrada de alguém que existiu há muito tempo atrás que um dia te fez sorrir.

Thales Matzenbacher

2 comentários:

  1. Interessante, espero que isso queira dizer que o antigo Thales que não confia mais em si e de baixa auto estima esteja morrendo, pra agora,ano novo, nascer um novo Thales.. cheio de vida e vontades.. um cara que faz muita gente feliz e que precisa aprender a enxergar que a melhor companhia,a melhor amizade é você pra você mesmo.

    Leia a letra de "Mais uma vez" - Renato Russo e entenderás!

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  2. Compartilho contigo algumas filosofias que venho perseguindo...
    A vida é dura, comparada a quê?
    Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos.
    Se hoje exaltamos os momentos bons do passado lamentando não tê-los extraído o máximo é porque, assim como agora, demos atenção demasiada aos problemas momentâneos.
    Uma receita simples: Se os problemas são muito grandes que não formos capazes de resolvê-los no momento, deixemos de lado para tratá-los numa hora mais oportuna; se os problemas forem muito pequenos, não nos preocupemos com eles; quando se tratar de problemas que dependam de nós e dispusermos dos meios necessários para resolvê-los, façamos isso.
    Meu amigo, continue escrevendo pois faz isso bem, assim como tantas coisas mais.
    Abraço!

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